Paleontologia é um tipo de estudo que com o passar dos anos se mostra cada vez mais popular. Isso porque alguns anos atrás eram poucas pessoas que sabiam do que se tratava e da sua importância. Mas, hoje em dia sabe-se mais dessa ciência já que não é mais restrita aos cientistas e universidades, quase todo mundo se interessa em saber a história da Terra e da vida que há ou que já esteve aqui.
Diferente do que muitos pensam, a paleontologia não se restringe apenas ao estudo dos fósseis, o que restou de seres vivos ou evidências de suas atividades na Terra preservadas em diversos tipos de materiais, isso seria ver uma parte muito redutora e limitante dessa ciência. É com base nos fósseis que a paleontologia procura também estudar outros aspectos, como a vida e seu desenvolvimento ao longo do tempo geológico, aliado à geologia (estudo da estrutura, propriedades físicas e composição do planeta) da Terra.
Então, leitor, é aí que você me pergunta: o que tudo isso tem a ver com cocô?
Figura 3: Fezes fossilizadas |
Figura 4: Coprólitos de dinossauros herbívoros e inclusões de caramujos fósseis. Em A podemos observar um pedaço de coprólito em grande parte composto de fragmentos de madeira de coníferas. |
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Eles são produzidos em grande quantidade, afinal, imagine quantas vezes os animais fazem cocô durante toda a sua vida! Já os ossos são apenas uma porção que são deixados quando os animais morrem, sendo assim, sob essa perspectiva, parece ser mais fácil encontrar um coprólito.
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As fezes possuem rápida dessecação e/ou lenta mineralização. É só pensar em quantas vezes você chutou cocô de cachorro na rua… Se esse elemento orgânico muito dessecado for soterrado, pode – em muito, muito tempo – virar um fóssil!
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Alguns coprólitos são ricos em cálcio e isso contribui para sua preservação, já que o endurece, tornando-o mais resistente. Além disso, alguns aspectos químicos podem ajudar na fossilização: o muco que recobre as fezes pode ajudar e formar uma “capa protetora” em torno delas.
Figura 5: Coprólito achado em nódulo de calcário na Bacia do Araripe, Brasil. |
Pois é, quem diria que o cocô teria tanta importância para as vidas futuras, ein? E não para por aí, se você pesquisar, vai encontrar uma imensidão de artigos e descobertas feitas com base nessas verdadeiras e inimagináveis jóias da natureza. Por falar em jóia, você sabia que esses fósseis são frequentemente usados como adornos? É só dar uma lapidada e tchanam!: você possui um belo e colorido colar. Você encararia usar um desses?
Figura 6: Ornamentos feitos de coprólitos diversos |